Às 21:30
Da corrente de Canto Livre que encheu praças e salas nos tempos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, surgiu, nesta cidade, um projecto musical que se viria a chamar Charanga, integrando durante a sua existência diferentes formações, interessado pelas raízes da música popular portuguesa mas, em paralelo, aberto também à experimentação sonora, reflectindo desta forma o acolhimento produtivo de múltiplas influências. Cantando inicialmente as palavras vivas dos poetas (Alexandre O’Neill, António Gedeão, Eugénio de Andrade, Pablo Neruda, Nicolás Guillen, entre outros), o grupo viria depois adifundir o seu repertório por diversos locais do país, em intensa digressão, com o qual granjeou um reconhecimento e um destaque mais alargado.
Em Setembro de 1982, o Charanga entra em estúdio para gravar, na etiqueta Polygram, o álbum «Aguarela», com temas próprios sobre letras de José Carlos Almeida, cuja apresentação pública aconteceria em Caldas da Rainha, a 22 de Novembro, em conjunto com os Trovante. Momentos marcantes viriam a ser, depois, a actuação no último concerto de Zeca Afonso ou a 1ª parte, no Pavilhão de Cascais, com Joan Baez.
O Charanga volta a reunir-se, aqui, na sua terra, desta vez integrado nas comemorações do dia da cidade, para, com muito entusiasmo e com novos arranjos, interpretar temas iniciais, todas as cantigas do disco e ainda algumas composições posteriores.
Bilhete: 4€