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9 Nov. 21:30

A 20 DE NOVEMBRO, de Lars Norén

ÀS 21:30

A 20 DE NOVEMBRO, de Lars Norén 

"Durante os meus 18 anos de existência aprendi que só podemos ser felizes se nos diluirmos na multidão anónima se nos adaptarmos à sociedade como uns idiotas. Mas eu não podia não o queria fazer" - Lars Norén, A 20 DE NOVEMBRO

A 20 de Novembro de 2006, Sebastian Bosse atirou sobre alunos e professores do seu antigo liceu antes de se suicidar. A partir do seu diário íntimo publicado na Net, Lars Norén escreve um texto intenso, frio e clínico.

A 20 de Novembro de 2006, na cidade alemã de Emsdetten, Sebastian Bosse, um jovem rapaz de 18 anos vestido de preto e equipado de uma máscara de gás, faca, cinturão de explosivos, espingarda de cano serrado e pistola, entra no seu antigo liceu, abre fogo sobre alunos e professores e fere 30 pessoas antes de se suicidar. Na esperança de ser ouvido, tinha deixado uns dias antes o seu diário na Internet onde descreve as suas frustrações na escola, as humilhações constantes de que foi vitima pelos colegas e a sua incapacidade em fazer amigos. Este será o seu último dia numa escola que, como ele nos diz, lhe ensinou que era um perdedor.

A partir deste diário deixado pelo adolescente, Lars Norén transpõe o texto para a sua escrita dramatúrgica e escreve um monólogo onde a poesia se mistura com a narração violenta e clínica de um massacre e de um suicídio programados. Texto intenso, concreto, realista e trágico onde a memória passa como sombras na consciência, A 20 de Novembro é uma chamada de socorro mas a ajuda não chega a tempo. É um requisitório que descreve uma sociedade que esmaga os seus indivíduos mais fracos. O texto ultrapassa o fait-divers para expor o mecanismo de humilhação, a confusão de valores, o fascínio pela guerra e pelas armas, o sentimento de exclusão e desprezo vividos pelo jovem. As palavras do jovem Sebastian Bosse, reduzidas à sua expressão mais simples, são singulares e excessivas. As referências à cultura juvenil e global dos jogos vídeo e a interpretação crítica da sociedade ocidental encontram necessidade de um público mais vasto, de um público que se encontra para além das fronteiras da sua língua original impelindo-o por vezes a falar em inglês, a linguagem global, para que o mundo inteiro o compreenda. As interpelações constantes ao público, o seu diálogo com ele (num teatro de proximidade, de intervenção) tornam os espectadores testemunhas ou cúmplices desta terrível aventura pela qual ninguém pode ficar indiferente. 

Porque ninguém está inocente. - Francis Seleck

Ficha Técnica: 

Produção: Artista Unidos
 
Tradução: Francis Seleck (a partir da tradução francesa de Katrin Ahlgren)
 
Com João Pedro Mamede
 
Dirigido por Francis Seleck
 
M/16

BILHETES

Bilhete Geral : 7.50€

Bilhete Estudante, Sénior e Grupo (> 10 pessoas): 5.00€

Pack 4: 20.00€