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17 Dez. 17:30

AUTO DA BARCA DO INFERNO, Palestra de José Carlos Barros - Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente

Pág. 2 de 2: Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente

 

AUTO DA BARCA DO INFERTO de GIL VICENTE

Autor – Gil Vicente
Marionetas e Cenário – Carlos Barros
Música – Paulo Brandão
Iluminação – Luís de Almeida
Direcção – Carlos Cabral
 
De que servirá lembrar que na moralidade das Barcas se repete o tema medieval das Danças da Morte? Entre estas e aquelas há um abismo de realização cénica, e de poder de dramatização. O pensamento da Morte é, sem dúvida, o mais presente aos espíritos medievais, e não admira, portanto, que ele ocupe tão importante lugar na obra de Gil Vicente.
O seu pensamento dramático projecta vivos clarões sobre o futuro, alcança distâncias imensuráveis, e, ao mesmo tempo, sem deixar de ser da sua época, cristaliza a experiência do passado. Tentou-se enquadrar a obra de Gil Vicente nos géneros medievais, e verificou-se que ele, sem os negar, quebra todos os moldes. Sob este aspecto, procede com a liberdade e a indisciplina, talvez inconsciente, de um romântico.
Lírico e dramático, realista e alegórico, humano e transcendente, arcaico e precursor, ele documenta bem, na indeterminação do seu génio, a independência e a originalidade da sua arte.

Gil Vicente, nasceu talvez em 1465. Comediólogo e lírico, o períodp da sua actividade teatral decorre entre 1502 e 1536, durante o qual colabora nas festas da Corte. Foi no Natal de 1516-1517 que se representou a chamada "Barca do Inferno" ou "Auto da Moralidade da Embarcação do Inferno".
Após intensa actividade dramática e controversa profissão de ourives, Gil Vicente morre, provavelmente, em 1536.

 

 
 
 
 
 
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