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Todas as idades

9 Out. 10:00

Uma História com Violência, de Miguel Ângelo Marques

Exposição patente no Café-Concerto de 9 de Outubro a 9 de Novembro
Entrada Livre

 Uma história com violência   

O Conjunto de pinturas que foram selecionadas para esta exposição, partem de uma acuidade seleção de imagens como modelo para novas imagens, podem seguir de mitos, histórias ou narrativas que lhes estão implícitas. Esse fenómeno resulta de um impulso alegórico ou trauma que cada uma acarreta e são o combustível para posteriormente serem modificadas. As imagens atravessam um processo de transformação, repetição e adição. 

O título faz referência a um aforismo de duplo sentido, por um lado pode referir-se a um conto ou narrativa que por si só é violenta, bem como direcionar o seu sentido para a história da nossa civilização, num Antropoceno agressivo marcado por diversas formas de violência. Através de imagens retiradas de vários referentes criam-se narrativas numa catadupa de pinturas que pretende levantar uma atenção sobre problemáticas diversas que urgem da Hipermodernidade na qual somos confrontados diariamente com uma banalização da violência, a partir das imagens, provenientes dos diversos meios de comunicação e redes sociais. 

Mas como tal, urge questionar! 

Na era da Hipermodernidade em que nos deparamos com milhares de imagens por dia, será ainda necessário produzir mais, num fluxo desmesurado e constante?  Segundo Sartre a essência da imagem consiste em significar a ausência de uma realidade, estaremos nós a produzir imagens sem essência, pela sua virtualidade? Imagens ausentes para ninguém ver, que acabam perdidas na rede? Serão elas imagens fantasma, fora da nossa perceção?

Adormecidas por falta de significância? 

Na verdade, as imagens são e têm que continuar a ser o suporte ativo da imaginação humana, é esta a verdadeira missão de quem produz qualquer tipo de imagens, hoje! 


Biografia de Miguel Ângelo Marques

Miguel Ângelo Marques (Guimarães, 1994). Vive e trabalha nas Caldas da Rainha, Atualmente frequenta o Mestrado em Artes Plásticas (2020-2022), na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, e é licenciado em Artes Plásticas pela mesma instituição (2016).

A sua pintura é um campo de imagens a partir de frames cinematográficos, fotografias do seu quotidiano e da própria história da pintura, para com isso formar composições de corpos e paisagens, explorando técnicas e formas de produzir imagens que descentram o campo da pintura figurativa.

No seu corpo de trabalho explora a questão da conexão entre imagem e signo, remetendo para uma ideia de memória ou narrativa individual. Acima de uma qualquer preocupação com a semelhança para com o modelo que toma por base, impera no seu trabalho o valor do caráter performativo do gesto da pintura a óleo e a sua materialidade, sendo essa a sua matriz.

Expõe regularmente desde 2013, onde se destacam as coletivas; Gravura na ESAD.CR, Espaço Concas, Caldas da Rainha, 2015; 3x1 É 4, SILOS Contentor Criativo, Caldas da Rainha 2016; 4ª Exposição coletiva de Artes Visuais, Edifício Transparente, Matosinhos, 2017; Ciclo de Primavera, Eletricidade Estética, Caldas da Rainha, 2018; Linha de Fuga, Centro Cultural de Cascais, Cascais, 2021; e as individuais; Vem assim… como um tremor, Salas Cinzentas, Caldas da Rainha, 2019; Resistir a todos os Traumas, Galeria Verso Branco, Lisboa, 2019; Coimbrã Ex-Situ, Galeria V, Coimbra 2020; Os algoritmos da Pintura, Atelier-Museu António Duarte, Caldas da Rainha, 2021.