A Cultura como pilar do desenvolvimento sustentável
12.12.2008
Neste encontro fez-se o balanço da actividade da Artemrede e debateu-se o futuro, com a apresentação do Plano Estratégico da Artemrede para 2008-2015.
Da sessão fez parte ainda uma conferência com o tema “A Cultura e as Políticas de Cidades”, com a participação de Pedro Costa (investigador em Planeamento Regional e Urbano) e Pascale Bonniel-Chalier (consultora na área da Cultura do Conselho da Europa e da Câmara de Lyon).
Pedro Costa falou sobre o desenvolvimento da ideia das cidades criativas, o qual tem levado a um maior interesse pelas questões culturais e ao crescimento deste sector. “A promoção das actividades culturais permite atingir várias vertentes do desenvolvimento sustentável em simultâneo”, declarou.
Segundo o especialista, as experiências realizadas nos últimos anos nesta área, tem demonstrado que não chega criar equipamentos, ter uma estrutura isolada e desenvolver um evento ocasional. “Só funciona se estiver tudo articulado com a realidade da cidade e territorial desse espaço”, defendeu.
Pascale Bonniel-Chalier falou sobre os novos desafios das cidades, apresentando algumas boas experiências desenvolvidas na Europa e sublinhando a importância da Cultura como pilar do desenvolvimento sustentável.
Em 2004 foi aprovada a Agenda 21 da Cultura, um documento que compõem uma plataforma contemporânea para a gestão cultural local, abrindo os horizontes para o estabelecimento de políticas mais universalistas a partir do ponto de partida das cidades e dos contextos regionais.
Segundo o Plano Estratégico da Artemrede, apresentado nas Caldas da Rainha, os eixos de intervenção estratégicos desta estrutura serão o alargamento da organização e a consolidação, diversificação e qualificação das actividades e serviços prestados. É também dado um destaque à imagem e projecção externa da organização.
Catarina Vaz Pinto, uma das mentoras da Artemrede, sublinhou que com a construção de novos equipamentos culturais, é importante serem criadas economias de escala na contratação dos espectáculos, para que haja uma sustentação financeira destes espaços.
O CCC deixou impressionados os participantes nestas jornadas. O vereador da Cultura de Almada, António Sousa Matos, cuja autarquia preside à Artemrede, declarou que o CCC parece um “upgrade” do CCB. “Vamos tendo na Cultura as nossas capelinhas, as igrejas e basílicas como é o caso do CCC. As Caldas pode orgulhar-se de ter uma unidade de referência nacional”, afirmou.
No início da sessão, a vereadora Maria da Conceição falou da tradição cultural das Caldas da Rainha e contou o longo processo que levou à construção do CCC, fazendo uma apresentação deste equipamento.
A vereadora da Cultura salientou que é preciso encontrar um equilíbrio na oferta da programação entre a qualidade e os preços dos bilhetes, para que as pessoas possam assistir aos espectáculos. “Para que um maior número de pessoas possa usufruir da Cultura”, disse.
Da parte da tarde a Artemrede realizou também no CCC a sua assembleia geral.