A solidão num espectáculo de clown
01.12.2008
Este espectáculo dirigido ao público infanto-juvenil, consiste num solo de palhaço sobre a solidão, apresentado pela companhia Circolando.
Graça Ochoa é a mulher palhaço que nos seus afazeres domésticos procura formas de combater essa solidão e inventa os seus amigos e as suas histórias. Ao longo das suas tropelias sucederam-se os comentários dos mais novos que assistiam e que interagiam com a artista.
Ao contrário do que às vezes os pais que acompanham as crianças pensam, essa interacção é importante, desde que seja feita com algumas regras. “A técnica de clown tem a ver também com a reacção do público. Quando as pessoas aderem, o espectáculo pode ir mais longe”, explicou a actriz.
Quando os espectáculos são apresentados nas escolas, as crianças costumam estar mais à vontade e exprimem-se mais do que na companhia dos pais. Por outro lado, prefere actuar em salas ainda mais intimistas e mais coloridas do que o pequeno auditório do CCC.
Como é habitual num espectáculo de “clown”, são poucas as palavras ditas e isso é um desafio para a artista. “A minha expressividade é mais corporal. O facto de não falar não é um impedimento, pelo contrário”, referiu Graça Ochoa.
A Circolando promove vários espectáculos de teatro/dança, sendo “A Galinha da Minha Vizinha” o mais pequeno que normalmente apresentam.