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Anaquim ao rubro no CCC das Caldas da Rainha

29.03.2010

segunda-feira, 0:00

Embora ainda sejam desconhecidos para muitos portugueses, Anaquim é considerado como uma das grandes revelações nacionais de 2010 e os seus temas têm estado a rodar na Antena 3, uma rádio que, como o próprio CCC, aposta em novos valores da música nacional.

Basta lembrar a actuação dos Deolinda no Verão de 2008 ou de The Legendary Tigerman há um ano, entre outros, para provar a forma como o Centro Cultural caldense tem vindo a fazer essa aposta.

Mesmo que, muitas vezes, a juventude caldense pareça estar distraída, tem sido o público de fora que tem aproveitado melhor as oportunidades.

Mas este ano ainda vai ser possível ouvir no CCC grupos portugueses como Naifa, Virgem Suta, Guta Naki, "a Jigsaw", Bunnyranch e Cacique ´97, entre outros.

Há três semanas no top nacional de vendas com o seu primeiro disco, Anaquim aparece na edição de Abril da revista “Blitz” na rubrica “Quase Famosos”. “A Vida dos Outros” é considerado por esta publicação como um dos álbuns de estreia mais castiços das últimas colheitas da música portuguesa.
O mentor desta banda, José Rebola, tem vindo a participar em vários projectos musicais, dos quais se destaca os “Tédio Boys” que conheceram um relativo sucesso. Mas poderá ser com os Anaquim que é a fama baterá à porta do músico. “Eu acho que este projecto tem muitas pernas para andar. Nós todos temos uma grande versatilidade e conseguimos englobar vários estilos de música”, afirmou José Rebola, que garante que irá continuar sempre a cantar em português, embora com influências internacionais.
Nas Caldas da Rainha o público vibrou com as músicas “velozes e saltitonas” (como as apelidou a revista Blitz). Para José Rebola foi um concerto fantástico, não pela recepção do público mas também pelas excelentes condições do CCC. Logo no início do espectáculo fez questão de dar os parabéns às Caldas da Rainha por ter uma sala como esta. “É bom ver que aqui ao nível da cultura as coisas estão a funcionar bem”, comparando com o que acontece na sua cidade que é capital de distrito (Coimbra).
Tem de haver mais dinheiro para a cultura e para fazer espectáculos. Não digo só para os portugueses, mas também para trazer espectáculos internacionais”, defende o músico.
Apesar das canções serem divertidas, há alguma intervenção social por detrás das letras. “Não são músicas partidárias. São políticas no sentido de apontar o dedo para o que está mal. Para haver mudança para melhor é preciso um processo de reflexão”, explicou José Rebola, que acha que essa reflexão deve ser um ponto de partida para o processo de mudança necessário.
As 16 fábulas urbanas que compõem o álbum de estreia têm como narrador Anaquim, um duende saltitão que apresenta as suas crónicas sobre a vida.