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CCC enche para ouvir “Fado” de Carminho

22.03.2010

segunda-feira, 0:00

Em digressão pelo país para apresentar o seu disco de estreia, intitulado “Fado”, Carminho veio às Calda das Rainha num integrado nas comemorações do 150º aniversário do Montepio Rainha D. Leonor.

Há muitos anos que Carminho vem a esta cidade, principalmente porque o seu irmão faz parte do Grupo de Forcados Amadores das Caldas da Rainha. Não falha nunca a Corrida de Touros do 15 de Agosto, na Praça caldense. “É uma cidade do qual gosto muito”, disse.

A assistir estiveram alguns amigos e familiares, mas acima de tudo muitos fãs.

Há algum tempo que era aguardada com grande expectativa a estreia em disco de Carminho, a voz a que muitos já chamaram “a grande esperança do fado”. Esta esperança no seu trabalho “tornou as coisas muito mais sérias e com um grau maior de responsabilidade, para além de ser um grande elogio”, como adiantou.

Ao vivo Carminho apresenta todos os temas do seu disco, mas também outros temas que canta há muitos anos e que não puderam fazer parte do novo CD.

Entre temas que canta desde que vem cantando desde que descobriu o fado e outras músicas inéditas que foram gravadas agora pela primeira vez, tem um reportório preenchido.

O fado é algo muito espontâneo. Pode-se dizer que os fados nunca se repetem e são sempre diferentes mediante muitas variáveis”, referiu a fadista.

Carminho cresceu no meio do fado: filha da fadista Teresa Siqueira, desde cedo esta música fez parte do seu dia-a-dia.

Estreou-se a cantar em público, no Coliseu de Lisboa, com apenas 12 anos de idade e desde aí começou a cantar regularmente na Taverna do Embuçado, em Alfama.

Depois de um interregno de um ano em que realizou uma viagem à volta do Mundo e participou em acções humanitárias na Índia, Cambodja, Peru e Timor, voltou a cantar numa casa de Fados, Mesa de Frades.

Desde aí actuou numa série de espectáculos que lhe granjearam a fama merecida, reconhecida pelo público e pela crítica.

Além da participação em vários discos, destaca-se ainda a sua presença no filme “Fados” de Carlos Saura e o prémio “Revelação Feminina” atribuído pela Fundação Amália Rodrigues.

Carminho acredita que o facto de ser jovem pode fazer com mais gente nova comece a ouvir fado. “Vejo cada vez mais jovens interessados no meu trabalho e a assistir aos concertos”, contou.

Com uma agenda preenchida até ao final do ano em Portugal, Carminho ainda não pensa muito na sua internacionalização.