Crianças tiveram primeiro concerto rock no CCC das Caldas da Rainha
10.03.2009
Mas mais do que um concerto, “Amigos do Peito” apresenta um grande espectáculo de música e multimédia com muita cor, alegria e fantasia, com desenhos animados e muitas mensagens para as crianças, sem pretensões moralistas.
Uma das canções, “Ninguém nasce num pacote de biscoitos”, é recomendada pela Amnistia Internacional para ser trabalhada nas escolas como forma de ensinar, de uma maneira lúdica, valores de tolerância e de respeito pelos outros.
Este projecto, criado por Helena Percheiro, teve por base um disco editado no Brasil, com o mesmo nome. Quando voltou para Portugal, Helena Percheiro achou que seria boa ideia desenvolver também um concerto de rock destinado aos mais novos. “É uma festa, para que as crianças e adultos vivam juntos, sem ser uma ‘seca’”, explicou.
Depois de estrearem no Teatro da Trindade, em 2005, constituíram-se como uma banda e têm vindo a actuar por todo país. Nas Caldas da Rainha actuou com eles, pela primeira vez, um novo elemento: o rapper Diggy.
Com algumas canções com letras originais (para poderem transmitir valores mais actuais) e outras baseadas em músicas do cancioneiro infantil, têm vindo a transformar o espectáculo ano após ano.
Desta forma, o Centro Cultural das Caldas proporcionou mais uma experiência única para os pais passarem um domingo à tarde com os seus filhos.
Têm sido cada vez mais os encarregados de educação que percebem a mais-valia de aproveitarem estas oportunidades para as crianças.
Eduardo Moniz, das Caldas da Rainha, levou as suas duas filhas. “Há que aproveitar o CCC para proporcionar Cultura às crianças. Sempre que posso venho com elas”, explicou. Sobre o concerto dos “Amigos do Peito”, comentou que deveriam apostar mais nas músicas tradicionais, que as crianças reconheceram e animaram-se muito mais a cantar e a dançar.
Agora vai voltar a 25 de Março para assistir ao espectáculo “A Verdadeira Treta”. Isto porque, “a vida não podem ser só tristezas, com tudo o que se está a passar, e temos que nos rir também”. Eduardo Moniz acha a programação do CCC bastante completa, embora ache que alguns bilhetes deveriam ser mais baratos “se for possível”. Principalmente porque fica caro para uma família comprar muitos bilhetes, apesar dos descontos.
Na sua opinião, a autarquia e o Ministério da Cultura deveriam apoiar mais estas iniciativas culturais, para que o preço dos espectáculos fosse reduzido. “É preciso incentivar a Cultura”, considera.