De Darwin à física quântica numa conversa no CCC
29.05.2009
Da teoria da evolução das espécies à física quântica, esta conversa teve também muito de humor, com uma abordagem à vida de Charles Darwin em que o autor contou alguns episódios pitorescos.
O livro, que compila a correspondência que o açoriano Francisco de Arruda Furtado trocou com o naturalista inglês, foi escrita como peça de teatro e pretende ser uma forma despretensiosa de divulgar a Ciência.
O desafio de escrever esta peça colocou-se na altura em que era director do Centro de Ciência Viva da Universidade de Aveiro. Pretendeu demonstrar que a Ciência é muito importante para todos compreendam melhor certas questões e não ficarem tão dependente daquilo que se vai ouvindo. Algo que se torna premente quando casos como o vírus da gripe podem causar o pânico social.
Na conferência, Paulo Trincão contou como Charles Darwin, que nasceu há 200 anos, recolheu muitas experiências na sua famosa viagem de cinco anos a bordo do Beagle e como a sua teoria da evolução lhe causou problemas com a Igreja.
Sobre Francisco de Arruda Furtado, contou como este foi o único português a corresponder-se com Darwin e a forma como o inglês o ajudou a tornar-se ele próprio um investigador. O açoriano decidiu ir viver para Lisboa, mas acabaria por ficar doente e morrer passado dois anos. “Assim se perdeu um naturalista português muito importante”, comentou Paulo Trincão.
Esta apresentação suscitou de seguida uma discussão alargada sobre várias questões, com Paulo Trincão a trocar informação com a audiência. A noite prosseguiu conversando sobre o futuro da espécie humana, a existência de mais vida inteligente no universo e o código genético, entre outros temas.
Isabel Castanheira, da livraria 107, também fez questão de entregar ao orador um livro onde consta um desenho de Rafael Bordalo Pinheiro com uma alusão a Darwin.