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"De Homem para Homem" terminou a sua digressão no CCC

30.06.2009

terça-feira, 0:00

Sozinha em palco na peça, Beatriz Batarda conta a história de uma mulher que perde a sua identidade e que se dedica a sobreviver a qualquer preço, nem que para tal se tenha de passar por homem.

"Fazer um monólogo é sempre um desafio bastante arriscado e exigente", salientou a actriz. Principalmente pelo tempo em que se está sozinho em cena, com toda a responsabilidade em si.

Neste tipo de monólogo que segue a tradição do conto narrativo, o público acaba por fazer também parte da peça e não é apenas observador. "O público é incitado a participar de alguma maneira", referiu

Isso acaba por ser bom para os actores, porque assim mantêm uma relação mais íntima com os espectadores, "com menos filtros". Por outro lado, torna cada espectáculo diferente, com a actriz a reagir ao que se passa na sala.

O texto, de Manfred Karge, conta a história desta mulher ao longo de quase 50 anos, que percorrem também a História da Alemanha dos anos 30 até ao início dos anos 80.

Ella é uma mulher que não consegue arranjar emprego e se casa com um homem mais velho e doente para ter casa e comida. Quando descobre que o marido tem cancro, decide fazer-se passar por ele para não perder o emprego.

Beatriz Batarda está a apresentar esta cena desde Setembro de 2008 e o CCC das Caldas da Rainha deverá ter marcado o final desta digressão, não havendo mais datas previstas a não ser a possível apresentação num festival de teatro em Espanha. "Pelo menos para já, é preciso descansar deste trabalho. Às vezes é preciso parar para refrescar", disse.

Entretanto a actriz participou também na peça "Menina Júlia", no Teatro Nacional.

Sobre o CCC das Caldas da Rainha, Beatriz Batarda não poupou os elogios. "Este teatro é um espaço absolutamente magnífico e espero que as Caldas valorize este centro cultural, com estas condições e esta equipa", concluiu.