12.04.2010
Pela primeira vez montámos um ‘live act’ específico para um CD. Temos muito mais acção em cima do palco”, referiu Ride no final do espectáculo, explicando que isso torna o concerto ainda mais estimulante. “Nunca há paragens. Temos sempre que fazer alguma coisa. Aqui correu tudo bastante bem”, disse.
O instrumento de DJ Ride é o gira-discos. Aquilo que poderia ser uma limitação, transforma-se no seu trunfo. “Para mim o gira-discos é como se fosse um sampler, no qual posso tocar todos os instrumentos do mundo. Desde que os grave previamente”, explicou.
Com uma carreira ainda curta, D Ride tem conquistado fama dentro e fora de Portugal. Começou por ter visibilidade nos campeonatos de “scratch”, sagrando-se campeão mundial e conquistando um terceiro lugar da Internacional Turntablism Federation.
Apesar disso, DJ Ride optou por morar nas Caldas da Rainha, onde diz que consegue ter uma qualidade de vida muito melhor. No entanto, sabe que se torna mais complicado para quem quer começar estar a morar fora de Lisboa ou do Porto. “Eu tive a vantagem de ter vencido alguns campeonatos e isso trouxe-me alguma visibilidade”, explicou.
Mas Ride (Oliveiros Tomás Oliveira) salienta que nas Caldas existe uma grande tradição ao nível musical e isso também inspira o surgimento de novos projectos. Há também que ter em conta a presença de uma escola de artes (a ESAD onde estudou), que faz concentrar ainda mais o espírito criativo em várias áreas.
O novo disco de Ride, uma "fusão de electrónica com hip-hop, com funk e jazz”, tem tido uma boa aceitação da crítica. Ao mesmo tempo o músico e produtor caldense continua a ser convidado para participar noutros projectos, como "As Lágrimas de Saladino", do coreógrafo Rui Horta.