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«Ela Não é Francesa, Ele Não é Espanhol» num ambiente intimista

09.09.2008

terça-feira, 0:00

Quem o afirmou no final do espectáculo foi Eduardo Raon, um dos membros do grupo, responsável por tocar harpa e outros objectos peculiares como um telemóvel.

Nas Caldas da Rainha Eduardo Raon tocou pela primeira vez ao vivo com um charango do Chile (pequena guitarra). "Sempre que vamos a um sítio mais exótico tentamos encontrar as coisas que são características desse local", explicou.

Também a vocalista Inês Jacques surpreende ao longo do espectáculo com diversos instrumentos peculiares, como maracas, um órgão ou uma garrafa.

Mas foi principalmente a envolvência que conseguiram ter com o público que lhes trouxe mais satisfação nesta actuação. Prova disso foi o facto de terem feito dois encores e a maneira como foram sendo aplaudidos durante todo o concerto.

"Ela Não é Francesa, Ele Não é Espanhol" é um grupo musical diferente que até se diverte com a forma como a crítica os define. "Eu por mim não tenho pretensões em saber o que é", referiu o harpista.

Eduardo Raon e Inês Jacques conheceram-se durante a composição do álbum "Reconciliation", dos Hipnótica. Nessa altura, Inês Jacques desafiou Eduardo Raon para ser o colaborador de um projecto que há muito pensava pôr em prática, mas para o qual ainda não encontrara o parceiro ideal. A partir daí começaram a desenvolver a sua música, que se caracteriza por uma rara combinação instrumental e a qual faz com que as suas interpretações sejam tão originais.

Têm trabalhado e re-arranjado maioritariamente temas de jazz e da esfera pop, mas também começam a desenvolver o seu repertório original. No concerto das Caldas tocaram novas versões de temas dos Beatles, Rod Stewart ou Jay Jay Johanson, entre outros, mas também duas músicas originais.

O duo começa agora a pensar em gravar os seus temas e, eventualmente, lançar um CD, tendo ficado interessado em poder fazer essa gravação no CCC, tendo em conta a condições deste edifício. "Gostávamos muito de fazer um registo e desenvolver o nosso trabalho", disse Inês Jacques.