Estreia nacional do novo CD do Stockholm Lisboa Project no CCC das Caldas da Rainha
29.09.2009
Editado em 2009, com o título de “Diagonal”, o CD já foi galardoado com o ”Prémio da crítica discográfica Alemã”. O primeiro disco, “Sol”, tinha mais música tradicional de Portugal e Suécia, mas nesta segunda gravação há mais temas originais.
Sérgio Crisóstomo Stockholm Lisboa Project é um grupo composto por músicos portugueses e suecos, que conseguem desta forma estabelecer uma ponte entre a música tradicional dos dois países. Daí a designação que dão em inglês de “Fado Polska and Beyond”.
O seu repertório abrange música tradicional portuguesa e escandinava, desde Fado a Polskas, levadas até aos ouvintes pelas cores sonoras do violino, mandolim, mandola nórdica, harmónica e voz.
“O fado ‘puxa’ pela melancolia e para sentimentos mais íntimos, e a música sueca é mais festiva e de dança. As pessoas identificam-se com os dois lados”, disse Sérgio Crisóstomo (violino e voz) .
Para os suecos é muito bom tocar muita portuguesa e para os portugueses é com grande satisfação que tocam música sueca.
Sérgio Crisóstomo e Simon Stålspets (Mandola Nórdica) conheceram-se em França e decidir que deviam trabalhar juntos. Convidaram depois Liana (vencedora do "Festival da Canção" para a RTP em 2000) e Filip Jers (harmónica).
Uma das principais características deste grupo é a amizade que os une e que transparece muito em palco. “Somos músicos profissionais e usamos os instrumentos para dialogar”, explicou o português.
Com uma recepção muito calorosa nas Caldas da Rainha, o grupo consegue conquistar audiências em todos os locais onde actua. “Mesmo em países onde não percebem o português ou o sueco”, revelou Sérgio Crisóstomo.
Perante uma sala com tão boa acústica, o grupo não hesitou iniciar o concerto com a vocalista a entrar por uma das portas laterais, surpreendendo o público com a sua voz “à capela”. Esta é uma forma de fazer com o que o público comece logo a perceber a música do grupo de uma forma diferente. “Assim ficamos mais próximos das pessoas”, disse Sérgio Crisóstomo.