22.03.2010
A divertida história, recheada de momentos “non sense” e onde os actores interpretam uma série de personagens diferentes, foi criada colectivamente durante os ensaios da companhia de teatro.
“Estávamos a improvisar com uns sacos de plástico pretos e o Tiago [que faz de Drácula] criou nessa altura um morcego, chamado Billy, com um dos sacos. A partir tivemos a ideia de fazermos uma peça sobre o Drácula”, contou José Carlos Garcia, director da companhia e um dos actores.
A peça conta uma história diferente do conde da Transilvânia: um vampiro anémico com uma terrível dor de dentes.
Em cada espectáculo surgem novos momentos de humor. “Nós divertimo-nos improvisando e isso cria sempre dinâmicas diferentes”, referiu o actor.
Pela primeira vez no CCC das Caldas da Rainha, José Carlos Garcia ficou muito impressionado com as condições desta infra-estrutura cultural e revelou que o pequeno auditório é o espaço ideal para a peça que apresentaram. “Para nós é o ideal por ser mais intimista e em anfiteatro”, disse.
Com uma sala praticamente cheia, os actores foram brindados no final com uma grande ovação de pé e houve até uma criança que insistiu em conseguir os seus autógrafos, acabando por ter a oportunidade de os conhecer.
“Nós vamos fazer 14 anos de actividade e já andámos pelo mundo inteiro com espectáculos. As pessoas vão reconhecendo este género de teatro”, adiantou José Carlos Garcia.
Com versões das peças em três línguas (espanhol, português e inglês), a companhia faz habitualmente espectáculos em Espanha, Noruega, Suécia, Brasil e Irão, entre muitos outros países. “Passamos cerca de oito meses a viajar pelo mundo”, revelou.