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«Hedda Gabler» com Sofia Alves

22.08.2009

sábado, 0:00

A obra Hedda Gabler escrita por Henrik Ibsen em 1890, é considerada por muitos, um dos maiores textos teatrais de sempre…

Henrik Ibsen nasceu a 20 de Março de 1828, na cidade de Skien na Noruega e faleceu a 23 de Maio de 1906.

Hedda Gabler, teve a sua primeira estreia mundial em 1891 no Residenz-Theater de Munique na Alemanha.

Em Portugal a sua estreia aconteceu em Lisboa no antigo Teatro D.Amélia, actual Teatro S.Luiz, no dia 22 de Abril de 1898, pela companhia de Teatro Italiana de Eleonara Duse, onde a própria actriz assume o papel de Hedda Gabler.

Hedda Gabler, (Sofia Alves) é uma jovem aristocrática, filha de um general. Após a morte do General Gabler, começa a sentir que os seus tempos de juventude estão a terminar e resolve então casar com um historiador de nome Tesman (Guilherme Filipe) oriundo de uma família pequena ou burguesa. Tesman foi criado por uma tia, Julianne, (Elisa Lisboa) com o apoio de uma criada, Berta (Maria Dulce).

Mas este casamento está longe de ser o que Hedda teria imaginado para si.

Lentamente começa a sentir-se perdida e frustrada. A sua vida de casada com uma pessoa como Tesman, não era o que realmente esperava, começando a complicar-se ainda mais, quando um seu antigo apaixonado, Lovborg (Paulo Rocha) e velho amigo do seu marido resolve aparecer na cidade.

Lovborg regressa à cidade, apôs ter lançado um livro que está a fazer um grande sucesso e refeito do seu vício antigo pelo álcool. Mas para grande sofrimento de Hedda, existe uma nova mulher na vida dele, Thea Elvsted (Ana Rocha) que é ao mesmo tempo uma mulher casada com um Procurador.

Mas tudo será ainda mais complicado quando um velho amigo da família, Brack (Victor de Sousa), tenta seduzir Hedda.

Após a recusa inicial dela, ele irá tentar aproveitar-se de um deslize de Hedda para obrigá-la a ser sua amante.

É nestes jogos amorosos onde estão presentes as paixões, traições, dramas, mentiras e desilusões, que se desenvolve grande parte do enredo desta obra.

Ao mesmo tempo, temos a possibilidade de vermos, personagens que são simpaticamente incorrigíveis e outros inadaptados às circunstâncias da vida. Que conseguem assim no seu conjunto criar nesta obra, um retrato social do que foi o final de século XIX.

Um espectáculo que tem momentos cómicos – hilariantes - dramáticos, como uma verdadeira comédia – trágica.