Herman José
14.11.2009
A carreira do Herman José confunde-se com o Portugal pós-Abril.
Nasceu com a liberdade, e alimenta-se dela.
É uma espécie de impressão digital de uma democracia que tem tanto de rica como de truculenta.
Como “bom filho à casa torna”, este espectáculo de quase duas horas, recupera a energia dos seus primeiros anos de vida artística passados no palco, servidos por (pelo menos) sete “instrumentos” dos muitos com que burilou a sua extraordinária carreira: uma viola baixo, uma viola acústica, um piano eléctrico, o lenço da Maximiana, a cabeleira do Serafim Saudade, a “pochette” do Nelo, e a gravata do José Estebes.
Um espectáculo único, intimista, musical, hilariante, e – diz quem já viu – imperdível.
Herman José Von Krippahl nasceu em Lisboa a 19 de Março de 1954, filho de pai alemão e mãe portuguesa.
Desde muito cedo, apareceu nos ecrãs, primeiro nos filmes do pai.
Estudava ainda quando comprou a sua primeira viola-baixo, com a vontade de tocar, compor e cantar.
Através da música conheceu a vida artística.
Em Outubro de 1974 estreia-se no teatro de revista em "Uma No Cravo, Outra Na Ditadura".
É nas revistas do Parque Mayer que recebe a sua formação artística e depois de ter contacto com Nicolau Breyner, este leva-o para a televisão.
Em 1975 dá-se a sua estreia em televisão com a rábula Sr. Feliz e Sr. Contente, ao lado de Nicolau Breyner.
Paralelamente à televisão edita, em 1977, "Saca o Saca-Rolhas" que alcançou o Disco de Ouro.
Durante cinco anos percorre o país em espectáculos de província onde debita anedotas, canta, inventa personagens e improvisa muito.
Em 1983, ano da sua participação no Festival da Canção com "A Cor do Teu Baton", o programa "O Tal Canal" é considerado pela imprensa como a melhor produção de humor portuguesa de todos os tempos.
Ao longo de vários anos Herman José tem apresentado diversos programas de televisão, com passagem pela RTP, SIC e, agora, TVI. Continuou também a editar álbuns de música.
Em Janeiro de 2007, no programa Os Grandes Portugueses, Herman José ficou em 70º lugar na lista dos 100 maiores portugueses de sempre.
Em Abril de 2007 foi-lhe atribuído o Globo de Ouro de Mérito e Excelência, fora esse recebeu mais 12 desses galardões.
Outros dos prémios que recebeu foi o "Prémio Personalidade Masculina Portuguesa" do Canal Biography em 2008.