Jazz sensual com Marta Hugon no CCC
15.03.2009
Acompanhada de excelentes músicos, que constituem o seu quarteto, a voz de Marta Hugon soa sempre mais alto, apesar da sua doçura.
Filipe Melo (piano), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Nuno Pedroso (bateria) são dos mais virtuosos músicos de jazz nacionais e, apesar de terem vários projectos, encontram neste quarteto uma sintonia que se faz sentir em palco.
Neste espectáculo houve ainda a participação especial do guitarrista convidado André Fernandes em alguns temas.
Marta Hugon cantou temas dos seus dois discos, “Tender Trap” e “Story Teller”, com clássicos do cancioneiro norte-americano, mas também algumas músicas contemporâneas e temas próprios. “Still Crazy After All this Years”, “Crash Into Me” ou “That old Black Magic”, soaram magnificamente no grande auditório do CCC.
“É uma sala óptima e o som estava super confortável. Foi um concerto muito giro. Não é todos os dias que se toca com tão boas condições”, referiu no final a artista.
O seu último disco foi editado há cerca de um ano, mas ainda não existe uma data para a edição de um terceiro. “O princípio já está na minha cabeça, mas ainda está muito em embrião”, disse. Para já, quer continuar esta digressão.
Pedro Lucas, frequentador habitual do CCC , ficou fascinado com a qualidade de Marta Hugon e do seu quarteto. Normalmente costuma assistir aos espectáculos de música. “Tenho gostado imenso”, afirmou.
Embora não conhecesse Marta Hugon, começou por ouvir no sítio do CCC as suas músicas e depois foi pesquisar mais na Internet, tendo ficado muito curioso em vê-la ao vivo. Acabou por comprar o CD da cantora no final do concerto e ainda pôde ficar com um autógrafo da artista.
Antes do CCC, Pedro Lucas deslocava-se a Lisboa, ao CCB, para assistir a alguns eventos, mas agora tem a vantagem de ter uma oferta cultural perto de casa e com “preços acessíveis”.
José Santos, das Caldas da Rainha, é músico amador e gosta muito de jazz, por isso o concerto de Marta Hugon foi óptimo. Embora já conhecesse o seu trabalho, foi a primeira vez que a ouviu ao vivo. O caldense costuma frequentar o CCC e acha que a sua programação tem sido boa
“Apresenta vários géneros, mas é evidente que eu não gosto de tudo”, disse, deixando o desejo de que continuem os espectáculos de jazz, mesmo que nem sempre seja fácil de promovê-los e cativar o público.