João Cruz Rosa em Paredes de Cor
01.11.2008
Esta será a primeira exposição integrada no projecto "Paredes de Cor", que pretende levar a pintura a um espaço informal de contacto com o público de uma forma original.
Uma das paredes irá receber ao longo de dois meses vários quadros diferentes. "Em vez de se fazer uma exposição tradicional. Será um processo de ritualização, de peça a peça. Pretende-se que as pessoas gostem tanto de um quadro que o queiram levar para casa", explicou Carlos Mota, director do CCC.
O pintor João Cruz Rosa vai dar início a este ciclo, com a apresentação de pinturas de Novembro a Dezembro."Para mim é um dos artistas plásticos mais coerentes que conheço em Portugal possui uma dimensão estético-artística conceptual muito própria, deveras elaborada e com recursos tecnológicos e filosóficos só consagrados pelos grandes mestres, e também porque quisemos começar com artistas que vivem na região, mas com importância internacional", refere Carlos Mota.
João Cruz Rosa, nos últimos anos, tem feito mais figuração. "Uma figuração que contém um peso, algo mais que eu não sei explicar. Uma expressividade pela intensidade da sombra ou da luz". Já retratou animais, pessoas e aspectos da região Oeste. "Há ´clicks´ interiores que me levam a mudar. Para quem não me segue a par e passo, às vezes é estranho, porque pode não sentir essa sequência", adiantou.
Os quadros a apresentar, um a um em rotatividade ao longo de dois meses, fazem parte da mais recente série do artista, intitulada "entre o moderno e o eterno" . Esta série é composta essencialmente por representações de cadeiras e bancos expostos em diferentes situações onde, afinal, cabe sentir "a presença ou ausência do humano".
O convite para expor no CCC estimulou-o a fazer mais alguns trabalhos especificamente para este projecto. Outras pinturas da mesma série vão estar no Museu de Arte Contemporânea do Funchal, para onde foi convidado a expor. Para o artista poder estar agora representado no CCC é um desafio muito interessante.