Kanukanakina no arranque de «Quintas e Boas e às vezes Boas e Quintas»
29.01.2010
A 11 de Fevereiro é apresentado “Kanukanakina”, um projecto
musical
de
Miguel
Pipa,
desenvolvido
a
partir
de
instrumentos
musicais
construídos na
lógica do Circuit‐bending (modificação
de
circuitos).
“É um caminho em que apostamos porque acreditamos que, para um vasto público, os projectos culturais são como uma partilha, onde se trocam sentidos, tecnologias, modos de ser e de pensar”, explica o director do CCC, Carlos Mota.
E foi a pensar nesse público que foi reagrupado neste ciclo uma diversidade cultural que normalmente só acontece nos grandes centros urbanos.
“Para trabalhar este ciclo tivemos em mente programas que pudessem contribuir para a descoberta de novos paradigmas e novas vocações, afirmando-se como espaço de convívio e de festa”, adianta Carlos Mota.
“Ouve-se de novo um pregão ancestral pelas ruas, praças, escolas e cafés das Caldas da Rainha: “Quintas e Boas” são no CCC. Atreve-te e descobre!”
Quanto ao primeiro concerto, vai ser apresentado o projecto “Kanukanakina”, criado a partir de
antigos
brinquedos
e
máquinas
electrónicas,
de materiais
reutilizados
e
da
reinterpretação de
objectos
do
quotidiano.
Num
processo
de
fusão
com
os
instrumentos
electrónicos
convencionais,
Miguel
Pipa,
o mentor
do projecto, vai
criando
diferentes
paisagens
sonoras
melódicas
e experimentais.
E além
de
se
tornarem
instrumentos
musicais,
os
objectos
modificados
são
verdadeiras esculturas
plásticas.
A
arte
é
muitas
vezes
feita
de
acasos
ou
de
acidentes
que
acontecem
no
processo criativo
e que
resultam
numa
oportunidade
de
explorar novas
formas,
novas
ideias, novos conceitos.
A
busca
destes
acasos
é
a
essência
do
Circuit‐bending, que
significa
modificação
de circuitos.
Esta
técnica
de
alteração
de
dispositivos permite
a
construção
de coisas
novas,
que produzem
sons
ou
imagens
estranhos,
a
partir
de
coisas
velhas.
Aparelhos
electrónicos,
sintetizadores,
controles
remotos,
CD
players,
altifalantes,
telefones,
bonecas
e
brinquedos,
tudo
é
matéria-prima
para
o
Circuit‐bending.
Nascida
nos
anos
60,
esta
arte
da
manipulação
electrónica
representa
uma
força
catalisadora
na
exploração
de
material
sonoro,
capaz
de
criar
novas
formas
musicais.