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«Lá e Cá» sonda o enigma que um rosto encerra

10.07.2008

quinta-feira, 0:00

 

"“Lá e Cá” sonda o enigma que um rosto encerra, o seu devir, as suas máscaras. Tomando o rosto como lugar onde mais difícil se torna agarrar a identidade, uma vez que não há nada mais instável do que um rosto, o espectáculo procura o enigmático movimento de devir de um rosto e, ao mesmo tempo, as maneiras que temos de o tornar máscara e máscaras.

O rosto é tomado como matéria que se fixa/ transforma, mas também que se oculta atrás de diferentes materiais. A acção de cobrir o rosto torna-se uma última tentativa de controlar aquilo que se diz. Por outro lado, as infinitas mudanças que um rosto carrega em si abrem inúmeras possibilidades de se ser.

“Conseguiremos através destes rascunhos incompletos e confusos um olhar da identidade que se esquiva permanentemente?”, pergunta-se.

“Não se querer enganar; não se deixar ler; não se tornar expressão; ser impassível; não mostrar a cara; esconder os olhos; não ver e não ser visto; filtrar a informação da alma; fingir-se de morto; não mostrar tudo; estar sempre a fugir; ter nove mil caras; estar morto; ver e não ser visto; ficar na sombra; ser igual ao outro para não ser o próprio; não perder o pé ou a cabeça; não sair do mesmo sítio. Conseguiremos trazer para o teatro estes problemas? Será que colocam o corpo na luz ou na sombra?”"

"Criação e interpretação Catarina Vieira e Solange Freitas

Colaboração artística Luca Aprea

Cenografia, desenho de luz e figurinos Wagner Borges

Assistência de figurinos Teresa Borges

Apoio de voz Natália de Matos

Fotografia - Catarina Cardoso Matos

Duração: 45m

Preço: 10€

M/12 anos
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