MOSTRA DE TRABALHOS DOS FINALISTAS DO MESTRADO EM ARTES PLÁSTICAS DA ESAD.CR
01.11.2010
A ESAD.CR e o CCC são duas das instituições de referência da vida cul- tural de Caldas da Rainha, que são parceiras estratégicas na dinamiza- ção da cidade. A colaboração das duas instituições assume-se como um intercâmbio frutífero entre um lugar de formação sintonizado com a contemporaneidade e um centro cultural que promove a visibilidade e apresentação de projectos artísticos inovadores.
A colaboração entre uma das mais vibrantes e promissoras escolas artísticas do país e um equipamento cultural com potencialidades para apresentar uma programação eclética e diversificada, permite que am- bas possam complementar a sua actividade : a ESAD.Cr mostra alguma da criatividade que nela germina e o CCC acolhe o início de carreira de jovens artistas.
A ESAD.CR possui actualmente um conjunto de mestrados a funcionar, entre os quais o mestrado em Artes Plásticas. Este mestrado iniciou o seu primeiro ciclo de estudos em 2008/2009 e em 2010 formou os seus primeiros finalistas. Este mestrado, com vertente acentuadamente prática e focada na autonomização do território autoral e criativo dos alunos, é concluído com uma exposição final. Os trabalhos que se apresentam nesta colaboração entre a ESAD.CR e o CCC são os trabalhos finais de dois jovens desse primeiro conjunto de alunos.
O trabalho de Ruben Lobo Vieira é um trabalho de uma peculiar argúcia conceptual. Trabalhando com diversos media, estes objectos insólitos e projecções fantasmáticas procuram interrogar as condições sócio-políticas das várias formas de poder que percorrem as sociedades actuais. Uma reflexão que percorre a tensão entre o corpo e o espaço, entre a identidade individual e as suas metáforas, procurando interrogar o modo como as técnicas de poder formatam a identidade social.
O trabalho de Mário Rui Azinheiro apresenta-nos imagens perturbadoras que parecem surgir de um universo opressivo e ameaçador. Estas imagens revelam a suspeição de um acontecimento iminente ou suspenso num passado não identificado. Vemos personagens tingidas de violência em espaços interiores clautrofóbicos e difusos, num preto e branco denso e contrastado. Imagens ao mesmo tempo familiares e distantes, carregadas por uma estranheza onírica e inquietante.
por Rodrigo Silva
"