«O Porco Lau e os Três Lobinhos»
07.02.2010
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Na versão original os três porquinhos são perseguidos pelo lobo mau que quer comê-los mas não consegue acabando por cair na panela da sopa.
Neste espectáculo a história não acaba aqui e continua com a nova geração dos personagens tradicionais e com os papéis invertidos.
Assim temos o Porco Lau de seu nome Barbosa, que depois se disfarça de Idalete e as três lobinhas que se transformam em lobinhos que vão viver novas peripécias.
Havia uma história…
(Todos sabem!... Já ouviram!... Até contam sem pensar!)
Que falava (e muito bem!) d’uns tais “hermanos” porquinhos (o estarola, o mais-ou-menos, e o muit’ ajuizadinho!) que viviam lá no bosque mas, em casas separadas! (uma de palhas fraquitas, outra de madeira feita, e a terceira mais escorreita, com tijolos e cimento, resistindo bem ao vento!).
Dizia o porco mais velho, aconselhando os irmãos: “É preciso ter cuidado! Há um lobo esfomeado que passeia por aí!... Falo assim mas… nunca o vi!...
No entanto, por cautela, fechem portas e janelas.
E… cuidado a passear!...
Quem o lobo encontrar… corra!, fuja!, sem parar!...
Dê às de Vila Diogo!... Grite!, berre!, se esganice!...
Pois vai ser uma chatice!...
Se não se puder esconder… o Lobo o há-de comer!”.
Mas os irmãos, estarolitas!, não o quiseram ouvir!
Sempre na boa-vai-ela, por aqui e acolá, faziam um tal “bruaá” que o lobo, a léguas!, ouviu.
Veio a correr, esfomeado!...
Desatou a persegui-los, bosque dentro!, bosque fora!, com a boca escancarada!
Parou nas portas fechadas dos porcos em suas casas!...
À primeira, de palhitas, soprando uma brisazita, logo-logo a derrubou!
Fugiu o porco mais novo p’rá casa do irmão do meio (por acaso, era o mais feio!).
O lobo não desistiu (pois tinha pulmões gigantes!), deu quarenta sopradelas (que pareciam um tufão!) e… deitou a casa ao chão!...
Fogem agora, já em par, os porquitos, bem aflitos!...
Chegam à casa de tijolo, do irmão que não foi tolo!...
Os três fechados lá dentro, não têm medo do vento, ventolinho ou ventolão, tornado ou furacão, que o lobo vai inventando!...
Riem-se muito, (co’os nervos!) e fazem-se de invencíveis!... Bebem chá!... Comem torradas!... Falam alto, fanfarrões!...
O lobo, bem furioso, tem uma ideia manhosa ao beber uma gasosa, enquanto se recompunha do muito, e tanto!, soprado que o deixara arrasado!...
Sobe, lampeiro!, ao telhado, de mansinho, a deslizar… entra pela chaminé… desliza até à lareira…
Vitória!, pensa ele, enquanto cai pelo cano…Grande engano!... Pois estava uma panela ao lume, a fazer um caldo verde!...
E quando o lobo lá chega… está o porquito mais velho a provar a tal sopita… para ver se lhe põe mais sal…
E o pobre do animal (é do lobo que falamos)… enfia a cauda (e o traseiro!) naquele enorme braseiro… de sopa por acabar!...
“Auuuu!... Auuuu!... Auuu!... que queimei o cu!!!”
Grita o lobo, gabiru.
E trepa, amarinha as paredes… dá um salto do telhado… e desaparece no horizonte (que mora para lá dos montes!)… nunca mais dando notícias.
Ficaram os porquinhos mui bem!... tal e coisa… assim felizes!...
E a história, que bem conhecem, acaba deste jeito. Mas… nós… farejando por aí… descobrimos (e vamos contar!) o que se passou a seguir.
Façam-me o favor de entrar na peça que se segue… onde esta história (para vos baralhar!) a inicia… e se repete… (ou tri-pete?!)…
O que aconteceu à geração seguinte destes plácidos personagens é o que agora se conta.
Não é coisa de grande monta!
Mas… é uma coscuvilhice gostosa, onde entram: o Porco Lau, de nome Barbosa, que depois se há-de disfarçar de Idalete Rosa; e também as irmãs lobinhas: Renata Carina (a mais pequenina), que há-de ser, mais tarde, Pôncio Medina; Lubélia Laroca (a do meio), que se apresentará, a seu tempo, como Renato Cota; Magda Raquel (a mais altita), que se ocultará sob a capa de Tiago Leonel.
E agora… vamos à história!