Recital de Viola e Piano com Gérard Caussé e Filipe Pinto-Ribeiro
10.10.2009
Gérard Caussé é um dos grandes intérpretes dos nossos dias e um dos poucos que conseguiu destacar a viola de arco como instrumento solista. O pianista Filipe Pinto-Ribeiro é considerado um dos principais músicos portugueses da actualidade
Neste concerto, Caussé e Pinto-Ribeiro interpretarão obras-primas da música de câmara, como as Sonatas de Franck e a Opus 69 de Beethoven, em versões para viola e piano raramente interpretadas.
Gérard Caussé, Viola
Nasceu em Toulouse e graduou-se no Conservatório de Paris onde obteve o Primeiro Prémio de viola de arco e de música de câmara.
Gérard Caussé é considerado um dos grandes intérpretes dos nossos dias, sendo um dos poucos que, desde Primrose, conseguiu destacar a viola de arco como instrumento solista. Este reconhecimento é extensivo às gravações que realizou, tanto do repertório solista como do repertório de câmara, recebendo grandes elogios da crítica musical internacional. Colabora regularmente com outros destacados músicos, como Emmanuel Krivine, Charles Dutoit, Kent Nagano, Gidon Kremer, Maria João Pires, Augustin Dumay e François-René Duchable.
Gérard Caussé foi director artístico e maestro da Orquestra de Câmara Nacional de Toulouse entre 2002 e 2004. Recentemente tocou com a Orquestra Nacional de França, Radio France Philharmonic, Orquestra Nacional de Lille, Orquestra do Capitólio de Toulouse, Filarmónica de Montpellier, Orquestra de la Suisse Romande, Filarmónica do Luxemburgo e Orquestra Sinfónica de São Paulo, entre outras.
Desde 2005, dirige a Orquestra Jovem de Salamanca da Fundación Caja Duero, da qual é o director artístico.
Gérard Caussé revelou-se internacionalmente durante os anos setenta, como membro fundador e viola solista do Ensemble Intercontemporain de Pierre Boulez. Desde então, destacou-se como intérprete do repertório contemporâneo, tendo-lhe sido dedicados mais de dez concertos (na próxima temporada estão previstas as estreias dos concertos de Philippe Hersant, Katsuhiro Oguri e Hugues Dufour). Percorreu também uma importante carreira como solista de concerto, com as mais prestigiadas orquestras mundiais, interpretando um extenso repertório, desde o Barroco, passando por Mozart (que considera ter sido «o primeiro a compreender o sentido e a originalidade da viola de arco»), até Bruch, Berlioz, Bartók, Stravinsky, Britten, Walton e Martinú.
Gérard Caussé toca uma viola Gasparo de Salo, de 1560 e é professor na Escola Rainha Sofia de Madrid.
A sua ampla discografia inclui mais de 35 gravações para a EMI, Erato, Philips, Teldec, Virgin Classics, Harmonia Mundi e Deutsche Grammophon. Os próximos projectos discográficos incluem a gravação do Quarteto A Truta, de Schubert (Virgin Classics), uma colaboração com Michael Levinas (Aeon), obras de Bloch para viola e orquestra, com a Orchestre de la Suisse Romande, e uma gravação de repertório russo, com Maria João Pires, para a Deutsche Grammophon.
Filipe Pinto-Ribeiro, Piano
O pianista Filipe Pinto-Ribeiro nasceu em 1975 no Porto e é considerado um dos principais músicos portugueses da actualidade.
Estudou no Conservatório Tchaikovsky de Moscovo sob a orientação da Professora Liudmila Roschina - Chefe de Cátedra de Piano e sucessora do seu Mestre, o lendário Samuil Feinberg - tendo concluído com a máxima classificação o Doutoramento em Performance Musical - Piano. Durante os anos no Conservatório de Moscovo, estudou ainda Música de Câmara com Alexander Bakhchiev e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.
Em Portugal, foi aluno de Helena de Sá e Costa e graduou-se com Pedro Burmester na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo, no Porto. Recebeu a influência de diversos mestres e participou com frequência em Master-Classes internacionais. Foi apreciado e aconselhado por alguns dos maiores nomes do panorama pianístico mundial.
Filipe Pinto-Ribeiro é Professor de Piano da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, no Porto. Orienta frequentemente Master-Classes de Piano e foi júri de concursos internacionais.
Gravou diversos C.D.’s que obtiveram excelente receptividade por parte do público e da crítica musical. O seu C.D. de estreia, interpretando obras de M. Mussorgsky, A. Scriabin, D. Schostakovich, C. Debussy e M. Ravel, está já em segunda edição (Numérica 1118). O C.D. “Berlin Sessions” (Numérica 1105), gravado pelo pianista na capital alemã, contém sonatas de D. Scarlatti, C. Seixas, L. Beethoven, R. Wagner e S. Prokofiev.
Gravou ainda um C.D. em duo com a pianista Rosa Maria Barrantes, incluindo obras de G. Fauré, E. Satie, C. Debussy, F. Poulenc e M. Ravel (Numérica 1119). Em 2007, foi editado o seu último C.D. a solo intitulado “Bach: Piano Tranions” (Companhia Nacional de Música 170CD).
Desenvolve uma intensa actividade solística e camerística, abrangendo um vasto repertório que se estende do Barroco até aos nossos dias. Fez a estreia em Portugal de obras como os 24 Prelúdios e Fugas Opus 87 de D. Schostakovich, a Chaconne de S. Gubaidulina, o Concerto para Piano e Orquestra Opus 33 de A. Dvorák, o Quinteto com Piano Opus 15 de E. W. Korngold ou a versão para piano das Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz de J. Haydn.
Apresenta-se frequentemente a solo com diversas orquestras e maestros, em Portugal e no estrangeiro, como a Orquestra Filarmónica da Eslováquia, Orquestra Filarmónica da Arménia, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra de Câmara do Kremlin, sob a direcção, entre outros, dos Maestros John Nelson, Charles Olivieri-Munroe, Roman Brogli-Sacher, Luis Izquierdo, Marc Tardue e Misha Rachlevsky.
No âmbito da música de câmara, tem-se apresentado em parceria com músicos como José Van Dam, Gérard Caussé, Pascal Moraguès, Tatiana Samouil, Philippe Graffin ou Christian Poltéra.
Filipe Pinto-Ribeiro é director artístico do Schostakovich-Ensemble (DSCH), Ensemble em Residência no Centro Cultural de Belém, com o qual se apresentou em concertos em países como Portugal, Rússia, Suécia, Estónia e Espanha.
Pianista laureado, tem actuado em algumas das principais cidades da Europa, Ásia e América, vendo o seu pianismo reconhecido como ímpar pela crítica especializada nacional e internacional.
Preço: 7.50 euros