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Exposição "Aves Ibéricas", de José Diogo

23.09.2017

sábado, 10:00

 


Exposição patente de 23 de Setembro a 23 de Outubro - Café-Concerto

Apresentação do Livro "Aves Ibéricas", dia 23 Setembro, às 16h00

"Aves Ibéricas", de José Diogo

A partir de 23 de Setembro, o Centro Cultural e Congressos, nas Caldas da Rainha, acolhe uma extraordinária exposição de fotografias da autoria de José Diogo.

O autor, médico de profissão no Centro de Saúde de Caldas da Rainha e voluntário da AMI em missões humanitárias desde 91, expõe imagens captadas nos últimos 5 anos, em registos que resultam de uma capacidade especial de esperar pelo momento certo, muito trabalho de campo, horas de observação e a criação das condições ideais para fotografar uma ave em particular.

Deste vasto conjunto de ingredientes resultam imagens únicas que impressionam o visitante desta exposição pelo realismo, pelo carácter inédito com que aves majestosas se deixam vislumbrar na intimidade do seu quotidiano.

Um dos objectivos da exposição passa pela contribuição para a documentação da avifauna da Península Ibérica, bem como pela afirmação de um testemunho de biodiversidade. As imagens, captadas com uma teleobjectiva de 500 mm, permitem observar ínfimos detalhes da vida destas aves com um realismo de cortar o fôlego, em composições de rara beleza.

Na ocasião será também apresentado o livro que reune 140 das melhores fotografias de aves ibéricas deste autor. A obra - Aves Ibéricas - é uma edição da  Mindaffair e apresenta ao longo de 147 páginas uma panorâmica da avifauna ibérica num repositório de especial interesse quer para ornitólogos quer para o público admirador de aves.

José Diogo, voluntário com experiências humanas inesquecíveis na Guiné-Bissau, Moçambique, Angola, Ruanda, Congo, Honduras e Jordânia, entre outros destinos de conflito, traz um particular olhar de homem do mundo para fixar na fotografia algumas das mais esquivas criaturas animais: as aves, que em breves segundos levantam voo para fora do alcance do olhar humano.

Patente até 23 de Outubro, a exposição pode ser visitada das 10h às 24h no CCC, Caldas da Rainha

 

Entrada Livre

Apresentação do Livro "Aves Ibéricas", dia 23 Setembro, às 16h00


 


JOSÉ DIOGO

José Paulo Xavier Diogo, nasceu em Coimbra a 25de Abril de 1958. Aí cresceu, estudou e terminou a licenciatura em Medicina pela Universidade de Coimbra em 1982.

Decidiu fazer o internato nas Caldas da Rainha e por cá ficou, a viver olhando o horizonte na Foz do Arelho. Iniciou a Carreira Médica de Clínica Geral em 1986. Durante 14 anos foi médico de aldeia em A-dos-Francos.

Em 1991 iniciou uma sua outra paixão, a de voluntário na Guiné-Bissau, missão de desenvolvimento no interior do país a 100 quilómetros do colega mais próximo. Ainda em 1991, Natal em Moçambique, Ressano Garcia com 20.000 habitantes, um deles médico.

Em 1993 e na sequência da guerra do Huambo, trabalhou nos campos de refugiados do Lobito: 1 médico, 3 enfermeiros.

Durante o genocídio do Ruanda em 1994, acorre a um campo de refugiados, Kibumba, com cerca de 350.000 pessoas, 1.200 mortos por dia, num contexto de 7.000 mortes em todos os campos: 1.500.000 refugiados.

Em 1996 o destino é o Hospital de antiga missão belga no topo da montanha de Shiira, 1 médico, 3 enfermeiros e 1 logístico, 2.000 metros de vulcão rodeados pelo Virunga National Park: urgências, internamentos, pediatria, adultos, maternidade, serviço de desnutridos e infecciologia.

Nas Honduras em 1998 o furacão Mitch provoca 28.000 mortos. Situação civil de recolher obrigatório, lei seca e interdição de circulação de veículos civis.

Em 2002 regressa à Guiné-Bissau, Ilha de Bolama, missão de desenvolvimento, trabalho de hospital, formação.

Em 2003 cumpre missão exploratória na Jordânia no início da Guerra do Iraque. Organizações envolvidas: todas.

Desde então e sempre ligado ao Centro de Saude de Caldas da Rainha.

Há cerca de 5 anos, por sugestão dos seus amigos João Edgar e Victor Maia iniciou-se na fotografia de aves, mais uma paixão! É um tipo de fotografia particular que requer muita paciência mas cujo retorno por vezes é fantástico. Muito trabalho de campo, muita observação e finalmente criar as condições para fotografar determinada ave o melhor possível.

Pretende que esta seja uma contribuição para a documentação de aves da Península Ibérica e também um testemunho de biodiversidade.