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Lançamento do livro de Carlos Querido

12.05.2013

domingo, 14:45

ÀS 16:30

A REDENÇÃO DAS ÁGUAS

As peregrinações de D. João V à Vila das Caldas

CARLOS QUERIDO

Este romance leva-nos até aos anos entre 1742 e 1750 através da narração intimista de Pedro Fontes, criado do Infante D. Manuel, tendo por pano de fundo as angústias do rei absoluto e magnânimo, consciente da sua mortalidade física, aterrorizado com a possibilidade de não alcançar a imortalidade bem aventurada. Ao longo da narrativa, surgem referências ao mito do V Império e do Eterno Retorno, a propósito do suplício de Pedro Rates de Henequim, que veio "oferecer" ao Infante D. Manuel o império do Brasil, convicto de que ali se situou o paraíso terrestre, acabando por perecer na fogueira da Inquisição em auto de fé. À voz Pedro junta-se a de Sara, a filha ilegítima do rei (que no romance vive na vila das Caldas, mas que na realidade histórica viveu e morreu num convento em Lisboa). Foi nesta vila, a 6 de Agosto de 1742, que D. João V reconheceu os seus três filhos ilegítimos, filhos de três freiras do convento de Odivelas. Ao lado de um terror da morte que, como diz o narrador, retira todo o sentido à forma cuidadosa como organizámos a vida, com total desprezo e insensibilidade por títulos, precedências e protocolos, nasce um amor que parece abrir um rio de possibilidades. Uma época fascinante vai-se soltando do fio da narrativa como se de um quadro se tratasse, uma pintura capaz de incluir o perfume do barro e dos veludos.

CARLOS QUERIDO (Salir de Matos, Caldas, 1956) divide-se entre a vida profissional dedicada à justiça na qualidade de juiz desembargador, tendo passado por numerosas comarcas, de Peniche a Coimbra, de Torres Vedras ao Porto, e a paixão pela História, que deu já origem a dois pequenos volumes: Salir d'Outrora (PH – Estudos e Documentos, 2007), sobre o Mosteiro de Alcobaça, e Praça da Fruta (Corrida de Letras, 2009), sobre aquela praça nas Caldas da Rainha.

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