05.07.2014
Ás 22:00
Jef Johnson era um miúdo brilhante. No sexto ano, já fazia testes em níveis universitários. Depois de se formar a partir de um programa de Jesse H. Jones High School de Vanguard, ele estudou na Universidade da Pensilvânia, começando uma carreira no teatro e no teatro circense em Houston, Nova York e no estrangeiro, que incluiu trabalhar com o Instituto Nouveau Clown em Barcelona, com a produção do "Snowshow do Slava" e e ainda com Cirque du Soleil.
A relação de Johnson entre a performance e o teatro, é profundamente pensado e historicamente estudado.. Aos 45 anos, volta a Houston para dois projetos diferentes. Vai dirigir a produção da Main Street Theater de "Dr. Seuss 'The Cat in the Hat", que será apresentado em Outubro deste ano, simultaneamente vai apresentar também dois espectáculos de "Azar", uma peça criada por ele para representar em tempo real.
Vai também realizar alguns “master classes” em escolas na sua cidade natal.
"Eu gosto de voltar para casa", diz Johnson. "Minhas raízes ainda estão aqui. Mesmo que eu por vezes não as reconheça sinto-as dentro de mim cada vez que volto”.
"Azar"/ACASO é uma peça de teatro circense. Não é uma peça de circo, como no sentido do velho mundo.
“É uma peça que eu criei para um teatro na Colômbia. Cheguei lá e encontrei-me a olhar para as cidades, os elementos visuais, e tornou-se num conceito interessante para explorar. Mais tarde, no México, eu adaptei-o para um espaço de teatro menor. Em espanhol, a palavra significa "aleatório". E todo o espectáculo é em tempo real na frente das pessoas. Não é um espectáculo planeado com uma rotina delineada. O conceito é dar corpo à existência dessa personagem palhaço, que vive no nosso quotidiano nas nossas cidades. Neste caso, ele está a morar num cenário de um outro espectáculo. Ele está dentro de uma caixa de papelão ou em restos de outros cenários.
Nós encontramo-lo a dormir, mas acordará. E durante o tempo que ele está activo, muitas coisas acontecem. Ele vai encontrar o mundo na sua frente, o público. Estas associações acontecem. Eventualmente, ele cai no sono novamente. Quando ele parece estar acordado para nós, ele está na realidade a dormir e vice-versa. A ideia é que o sonhar, é um conceito filosófico de brincar com o palhaço num estado simples, ingénuo e incógnito....
“Este tipo de peça interessa-me, porque pode inspirar o diálogo sobre teatro e as relações humanas e das coisas que nós temos como garantidas. Como vivemos os nossos dias. Esquecemo-nos a dada altura de que aparentemente tudo era possível nas nossas vidas. Quando qualquer caixa com alguma fita cola poderia tornar-se um castelo, você podia ser um herói qualquer. Agora, tudo é orientado por objectivos.”
Nós deixamos de ver as possibilidades positivas.... Espero que este espectáculo possa desafiar as preocupações sociais básicas e as expectativas que ainda possamos ter…
Eu apenas quis deixar a mensagem de que podemos quebrar com aquilo que nos prende e nos faz esquecer e voltar a aprender a saborearmos o quão bonito qualquer dia pode ser.
Este não é o género de espectáculo de palhaço para crianças.
Ele tem um espírito do velho mundo.
Bilhete Geral: 5 €
Bilhete Infantil: 3.5 €
Pack (2 adultos + 1 criança): 10 €